Dinho Vasconcelos

"Con tu puedo y con mi quiero / Vamos juntos compañero" Mário Benedetti.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Rasgar papel

A gente nunca admite as nossas manias. Já ouviu alguém dizer com franqueza que adora meter o dedo no nariz, fazer bolinha e depois comer? Difícil. Não que essa seja a minha mania. Talvez fosse, aos 5 anos de idade... sei lá, nem lembro. Mas não, não é disso que estou falando.

Manias! Não as admitimos porque elas são tão óbvias que chegam a fazer parte das coisas comuns. E quando vamos ver, já estamos naquela velha mania...

Uma eu admito ter: rasgar papel. Isso mesmo, rasgar papel em pedacinhos, vários pedacinhos. Qualquer tipo de papel. Mas dependendo do papel a ser rasgado, varia a rasgação: papel de pouca importância eu rasgo pouco, de três a quatro vezes; papéis confidenciais, como extratos de banco e de cartão de crédito, ficam em pedaços bem pequenos; se é papel que mexe com os brios, esse vai bem rasgadinho, em pedaços tão minúsculos que fica impossível alguém montar o texto inteiro depois...

Aliás, dias atrás, rasguei um montão de papel. É gostoso quando junta um monte... Fico horas rasgando. Além de ser mania, eu gosto de rasgar papel. Ainda mais quando o papel merece ser rasgado.