Estridente
Estridente
Tudo parecia calmo
e tranquilo.
O poeta, atento
lia em francês.
Um ligeiro vento gélido
se acercou
um calafrio
o fez bater os dentes
sonoro ¡ clac !
Todo o corpo
se eriçou
e todo corpo era só boca
os olhos desfocaram
e deram voltas
lentamente
a língua
lambe o dente
cratera
cavidade
no fundo escuro da boca
O buraco
nem sempre cheio
agora só caco
cacaréu
Cuspiu
o podre pedaço de dente
e concluiu que,
esteticamente,
claquer les dents
é mais poético
que bater os dentes
E sorriu.
1 Comments:
ó o cara com blog e nem diz nada...
tá comendo mato conha fio?
abraço.
Postar um comentário
<< Home